A Engie e a Natura firmaram uma parceria para compensar as emissões dos gases de efeito estufa (GEE) reportadas pela empresa do setor de cosméticos. A compra dos créditos de carbono será feita por meio da Unidade Cogeração de Lages (UCLA), usina de biomassa da Engie, localizada na região serrana de Santa Catarina.
O contrato prevê a venda dos créditos de carbono em quantidade suficiente para compensar, de forma voluntária, as emissões de 100 mil toneladas de CO2, relativas ao inventário da Natura no ano de 2019. Para efeito de comparação, o montante é equivalente à emissão anual de cerca de 45,4 mil brasileiros, de acordo com dados do Banco Mundial, considerando as emissões de CO2 per capita no Brasil em 2,2 toneladas CO2 e/ano.
Os créditos de carbono, ou reduções certificadas de emissões, são certificados emitidos para projetos registrados no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, no âmbito do Protocolo de Quioto- pela redução das emissões dos gases de efeito estufa. O Certificado de Cancelamento Voluntário é internacional e foi emitido pelo Órgão das Nações Unidas, responsável por mudanças climáticas: UNFCCC.
Empresas líderes em seus respectivos setores de atuação, Engie e Natura têm ações convergentes em direção à sustentabilidade e à transição para uma economia de baixo carbono, mesmo antes dos temas ganharem visibilidade. Segundo o diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, “ as duas empresas são reconhecidas pelo mercado por conta de suas agendas ambiental, social e de governança: a Engie é referência no País na transição para uma economia de baixo carbono e na produção de energia por meio de fontes renováveis”.
A diretora global de sustentabilidade da Natura, Denise Hills, destaca que “ o modelo de negócios da Natura visa incentivar, apoiar e desenvolver soluções para gerar impacto positivo em toda sua cadeia; desde 2007, com a criação do Programa Natura Carbono Neutro, a empresa atua com o chamado offseting- a compra de créditos de carbono para compensar as emissões que não puderam ser evitadas, por meio do apoio a projetos focados na área ambiental”.
A executiva ainda lembra que, desde 2014, a marca ainda lembra que, desde 2014, a Natura utiliza, de forma pioneira no Brasil, o chamado “insetting florestal”, que é a compensação de carbono em suas próprias cadeias produtivas. As remunerações são feitas em consequência da área de floresta conservada. Os pagamentos pelos serviços ambientais prestados são realizados pela companhia para as cooperativas parceiras e famílias de agricultores mediante monitoramento e comprovação anual da manutenção da floresta em pé, verificadas por uma terceira parte.
O Projeto de Redução de Emissões de Metano Lages foi selecionado pelo Edital Compromisso com o Clima, uma iniciativa da Natura e do Banco Itaú, com apoio do Instituto Ekos Brasil, voltada para organizações interessadas em potencializar suas estratégias de compensação das emissões de GEE e apoiar projetos socioambientais que fomentem a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Fontes: Engie, Natura
Matéria de Caio Camargo