em Carolina Martins, Colunistas

Na minha última coluna, abordei alguns dos comportamentos padrões das mulheres que se enquadram na exagerada cúpula de uma sociedade apaixonada pela forma que os procedimentos estéticos se inovam a cada dia.

Desta vez eu quero trazer a  maquiagem como ponto principal. Você já parou para pensar os motivos que te fazem usar ? Ou os que te levam a usar constantemente? O porquê de ter tantas cores, marcas e opções? Eu já!

Li sobre uma pesquisa realizada através de entrevistas online em junho de 2020 pela Picodi (site de base dos códigos e cupons de descontos no Brasil), que a mulher brasileira gasta em média 1.530 reais em maquiagem e cosméticos todo ano.

É normal que, na passagem de menina para mulher (não me entendam mal, mas escrevo isto em homenagem ao público feminino), cobra-se um excesso de vaidade supervalorizada, onde muitas vezes é estimulada pela própria família e pelo mercado de bens e produtos de moda com ampla divulgação na mídia impressa, televisiva e virtual. O cotidiano das meninas vem sendo marcado por práticas de embelezamentodo e corpo com vistas à conquista da beleza. E o produto, perdendo seu real sentido de melhorar, não esconder.

Alguns anos atrás comecei a me perguntar quais os motivos que me levavam a querer tanto usar maquiagem e não ser vista sem ela. E eu descobri: agradar aos outros. Toda forma de se sentir bem consigo mesma é válida, principalmente em momentos em que nós nos sentimos vulneráveis a pessoas e nós mesmos. E é neste momento que cresce a vontade de mudar, renovar e talvez se adaptar há algo que não te conforte, mas complete, porque é exatamente isso que é ensinado.

Facilmente entendível, agora, a vaidade, que é definida como a alegria de sentir-se superior aos outros e a infelicidade de sentir-se inferior aos outros. Mas para estar superior aos outros, você tenta alcança-lo, atrás da perfeição. Da pele perfeita. Todo esse meu entendimento fez com que eu questionasse o lado positivo da maquiagem, sendo que nós, mulheres, deveriamos nos aceitar naturalmente como somos.

Então, numa conversa informal com o famoso hairstylist e makeup artist do mundo da moda, Max Weber, descobri que desde sempre a maquiagem esteve com ele, o que o fez se aperfeiçoar e hoje passar suas próprias técnicas para outras pessoas, mesmo concordando que muitas vezes as mulheres ultrapassam os limites:”usam e abusam. É uma delicia se sentir linda, a alquimia é magia e quando acrescentamos produtos as nossas dimensões acontece a transmutação. Criamos, recriamos e nos aceitamos a cada minuto. O poder de compra está na tua mão. O poder está nas nossas mãos. Quanto mais nos conhecermos menos dependemos da aceitação do outro. O auto-conhecimento aliado a técnicas e produtos de maquiagem multiplicam o seu poder pessoal”. É…e eu entendi que a maquiagem poderia ser benéfica se usada de uma forma sáudavel. Coisa que Weber acredita ser.

E a Gabriela Medeiros também, uma pessoa da qual admiro muito e hoje, como Max, usa sua história de vida para tentar mostrar para as pessoas, através de suas redes sociais, como a maquiagem pode ser saudável quando você entende a forma de usa-lá. A Gabi é bacharel em direito mas descobriu sua nova paixão em ser, talvez, uma digital influencer, por ter vitiligo. Desde a infância ela sofreu com preconceito e dificuldade para ser aceita pela sociedade. E consequentemente por ela mesma.

Além disso, foi escrava da maquiagem por um tempo, mas isso não fazia com que ela se sentisse bem:” A maquiagem pra mim é empoderamento e eu sempre gostei muito. Sempre foi uma das minhas melhores amigas. Quando o vitiligo aumentou na adolescência, eu acabei virando refém dela, mas ainda assim fazia com que eu me sentisse bonita. Hoje em dia eu faço completa, uso rímel, base, batom vermelho e pó quase todos os dias. Meu vitiligo é na região dos olhos e eu não cubro ele. E com certeza se me falassem que tem uma cura, eu não iria querer porque para mim essas manchininhas são importantes e mostram a minha força. São marcas de superação que eu aprendi a amar. Hoje eu me aceito por completa e o vitiligo só acrescenta valor a minha personalidade. E eu uso maquiagem só para agregar mais beleza”.

E com essas duas histórias seguidas de uma positiva e saudável critica, de novo, ao exagero relacionado a beleza, eu deixo aqui meu questionamento: pra você, a maquiagem é parar agregar beleza ou uma mascára?

Um beijo e até a próxima. Quem sabe lá vocês não me contam!!!

Carolina Martins

Colunista

Carolina Martins

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo, Carolina possui oito anos de mercado, foi desde suas primeiras experiências, responsável pela comunicação interna e externa das organizações que trabalhou. Atualmente, é CEO na MD Assessoria de Comunicação.

Comece a digitar e pressione Enter para pesquisar