em Colunistas, Debora Venturini

Caros leitores, talvez estejam com a mesma percepção que eu, talvez não, mas pelo menos na minha geração, nunca se falou tanto da reflexão sobre si mesmo, sobre propósito de vida, sobre o “ser” humano, e saúde mental. Com um dia a dia normalmente tão atribulado de compromissos, trabalho, afazeres, contas e consumo, quase não dávamos valor para olharmos para nós, para quem somos na essência e o que viemos fazer nesse mundo.
O “ócio” desta correria nos trouxe uma nova realidade: passamos a ficar mais tempo sozinhos ou com familiares, e recebemos de presente este novo olhar, o olhar para dentro.
Cheguei a assistir, acredito que vocês também, no início da pandemia, vários discursos e entrevistas com famosos, onde as pessoas falavam sobre a importância deste tempo para cuidarmos mais do planeta, para olharmos mais para o próximo e sermos menos egoístas. Acontece que o egoísta não olha para o próximo somente pelo motivo de querer as coisas para si. O egoísta costuma não olhar para o próximo pois ele tem uma visão muito rasa de si, e acredita que precisa ter vantagem sobre o “ter” para ser feliz, pois ele não reconhece suas necessidades da alma para ser feliz.
Pode parecer um pouco antagônico a princípio, mas na contramão dos discursos no senso comum, surgiu um discurso mais profundo, sobre as pessoas olharem muito mais para si, porém em um outro nível.
Eu te convido a refletir o grande sentido deste movimento, afinal, como vou pensar e poder ajudar o próximo, se nem a mim mesmo eu conheço profundamente? Como vou entregar para o outro o melhor de mim, se não sei o que tenho de melhor? Como vou me desenvolver para ser melhor para minha família, amigos, ou clientes, se eu não sei onde estão os meus gaps?
E foi aí que o autoconhecimento ganhou a 1ª voz… O ser humano percebeu que para olhar para o próximo, ele precisa primeiro olhar para si. Ele teve a oportunidade de perceber que a frase muito dita “a distância que eu tenho do outro, é a mesma distância que tenho de mim” , nunca fez tanto sentido, e o tão solitário isolamento social ganhou um peso importante na história de milhares de pessoas, pois pela primeira vez, elas tiveram a oportunidade de se conectar mais consigo mesmas, de ouvir a sua voz interior, de se conectar mais com a sua fé , com as suas histórias, com as suas crenças.
Autoconhecimento é saber quais são os seus dons e talentos, é saber onde precisa se desenvolver , é ter clara as suas metas e um plano de ação para alcança-las. É conhecer a sua missão e o seu propósito, se fortalecer através das suas melhores crenças, identificar e ressignificar as suas crenças limitantes. É reconhecer quem é o grande norteador da sua vida, quais são os seus valores essenciais, e em poder de tudo isso, AGIR.
Gosto de falar para os meus coachees que o autoconhecimento é uma jornada sem volta, afinal somos seres em constante mudança, e sempre teremos as nossas questões da alma. Outra frase poderosa que também uso muito é do meu mestre, José Roberto Marques, que traduz a importância do autoconhecimento: “quanto mais eu me conheço, mais eu me curo e me potencializo”.
Espero profundamente que a pergunta título desta matéria tenha sido respondida, ou ao menos, que eu tenha gerado em você alguma reflexão sobre o poder que o autoconhecimento pode gerar em sua vida. Falo com segurança pois eu vivo isso a cada dia na minha vida, e na vida dos meus coachees. Pense nisso, reflita, e arrisque-se nessa jornada! Forte abraço!

Debora Venturini

Colunista

Coach e Analista Comportamental,Pedagoga, com MBA em Gestão de RH, há 17 anos na área da Beleza em desenvolvimento de pessoas. Atualmente Gerente Nacional de Educação Wella Professionals, e atendimento individual como Coach de Carreira e Analista Comportamental.

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