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LOJAS DO FUTURO JÁ ABRIRAM AS PORTAS

Novos tempos, novos serviços.

Só há uma razão para a sua empresa/negócio existir: o cliente! Sete meses de pandemia depois, o consumidor está ainda mais exigente. Esse novo perfil acelerou a transformação digital do varejo físico para lojas cheias de experiência e hiper conectadas. Especialistas em marketing acreditam que as mudanças, se tudo estivesse normal, seriam implantadas nos próximos três ou cinco anos.

Mas, as facilidades do mundo online ganharam força. Hoje, não só os grandes varejistas, mas o comércio dos bairros, pequenos empreendedores, tiveram que se adaptar às preferências cada vez mais específicas. Tudo pode ser feito em um clique no celular.

O presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, Eduardo Terra, decreta: “aquela loja que abria as portas no shopping ou na rua à espera de compradores morreu”. A passividade acabou. A equipe de vendedores não para mais de trabalhar. Ela deve garimpar os possíveis consumidores nas redes sociais, e quando o horário comercial começa, as primeiras conexões precisam ser feitas.

Esse choque digital já vinha sendo discutido há muito tempo. O isolamento social antecipou tudo. Com a reabertura do comércio, ainda que moderadamente, ir até a um ponto de venda passou a ser opcional. Agora, é fundamental criar experiências no varejo físico e conectá-las ao consumidor digital.

Surgiu, por exemplo, o provador inteligente que sugere produtos e permite ao o cliente pedir outros tamanhos ou cores de roupas, sem acionar o vendedor e retornar à loja. Há também: fila virtual para organizar o atendimento presencial e terminais de autoatendimento para pagar. As lojas precisam virar minicentros de distribuição, possibilitando aos consumidores receber compras feitas pela internet.

Além de oferecer a oportunidade para a experimentação de produtos, a loja física pode ser um local para o cliente ter acesso a outros serviços: conserto de roupas e acessórios ou até um espaço de trabalho com wifi grátis.

No mercado da beleza, o movimento no touch, ou “sem toque”, também se apresenta nas lojas, por causa do risco de contaminação. A tecnologia é uma forte aliada. A professora da ESPM, Anelise Campoi, cita que a chamada realidade aumentada já não é mais uma desconhecida para os profissionais da área.

A Lancôme, marca de luxo da L’Oréal no Brasil, desenvolveu um espelho que permite experimentar a maquiagem utilizando a realidade virtual. É possível encontrar desde o tom certo da base, até a cor do batom que mais combina com sua pele, sem experimentar o produto fisicamente. Basta escanear a imagem e conferir os resultados. O equipamento está disponível em 46 lojas espalhadas pelo País.

 

Fonte: Estadão

 

Matéria Caio Camargo 

 

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